Serra da Mantiqueira

"Conta a lenda que, em tempos idos, uma formosa índia da tribo Tupy apaixonou-se perdidamente pelo Sol, e passava os dias a banhar-se na sua luz.

O Sol, o Guerreiro do Cocar de Fogo, tambem enamorado da bela índia, passava dias e noites no céu para ficar perto da sua amada, não deixando que a paz da noite serenasse a Terra.

Os pastos se incendiavam, a capoeira secava e ferviam os lamaçais.

A Lua, com ciúme da mulher que roubou-lhe a atenção do Sol, foi queixar-se a Tupã, e este ergueu um enorme paredão para esconder do Sol sua enamorada.

A índia, impedida de ver seu amado, verteu rios de lágrimas, torrentes de água. A montanha foi chamada de MANTIQUEIRA (A-man-ti-kir) que quer dizer Serra que Chora, devido à grande quantidade de nascentes que brotam em suas encostas.

Essas nascentes são as lágrimas da bela índia de que ninguem lembra o nome..."

Informação

O maciço da Serra da Mantiqueira possui aproximadamente 500 km de extensão e se inicia próximo à cidade paulista de Bragança Paulista e segue para o leste delineando as divisas dos três estados brasileiros até a região do Parque Nacional do Itatiaia onde adentra Minas Gerais até a cidade de Barbacena. A partir daí, uma continuação pode ser considerada, pois a mesma desvia para o norte até a Serra do Brigadeiro, no leste de Minas Gerais, chegando a aproximar-se do Parque Nacional do Caparaó.

Seu ponto culminante é a Pedra da Mina com 2.798 m na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo e seu ponto de transposição mais baixa é a Garganta do Embaú por onde passaram os bandeirantes durante suas incursões ao interior de Minas Gerais.